História da Maquiagem: A Beleza e Vaidade Feminina na Roma Antiga
''Tu vives ó Galla, entre uma centena de pomadas e o rosto que mostras não dorme contigo!''.
Mesmo que não tivéssemos outros testemunhos, este trecho de Marcial seria suficiente para compreendermos que as mulheres romanas pintavam o rosto e que a vaidade e a variedade de cosméticos que usavam eram verdadeiramente notável.
Mas, por sorte, sabemos muito mais, e podemos seguir com exatidão o desenvolvimento dos cuidados de beleza que a mulher romana repetia no mínimo uma vez por dia.
Na Roma Imperial verificamos, por exemplo, que nem todas as mulheres casadas dormiam com os maridos no leito matrimonial (lectus genialis), pois já naquela época, nas classes abastadas, os casais tinham alcovas separadas.
De qualquer modo, logo que despertava, a dama calçava as sandálias, que à noite havia deixado sobre o toral (pé do leito), enrolava-se no amictus (espécie de túnica), e fazia uma rápida lavagem.
Se tinha um cabelo branco, a dama corajosamente deixava que o arrancassem, e se a cabeleira não era mais tão vasta como antigamente, então a cabeleireira trabalhava com tufos, tranças postiças ou podia lançar mão também de perucas que se podiam tingir, ou ainda tufos feitos de ''cappili Indici'' de cor platinada, brilhante, importadas da Índia.
Marcial nos diz que a ornatrix devia também depilar a dama e pintá-la. Giz e alvaiade davam o branco para as faces e as frontes; o ''minium'' era o carmim para os lábios, o ''purpurium'' era o rouge para as faces, o fuligo (fumo queimado) e antimônio seriam para as sobrancelhas e cílios.
Sobre a mesinha e bem à mão, estavam os pentes, os alfinetes, o espelho, bem como unguentos e pomadas, pequenos vasos contento os preciosos cremes, pós e perfumes, que eram líquidos ou pastosos e existiam também pós de chifre, que serviam para limpar os dentes.
Todos esses recipientes em metal precioso, trabalhados com técnica refinada, eram guardados pela dama em um armário, e quando ocasionalmente ia às Termas, fazia-se acompanhar da ornatrix, que os trazia consigo em um escrínio também muito luxuoso.
A dama adormecia com um rosto diferente daquele que havia mostrado durante o dia, mas na manhã seguinte, logo que despertava, despejava em uma mesinha o material do embelezamento e imediatamente mandava chamar a ornatrix para recomeçar a tarefa.
Fonte:
Mas, por sorte, sabemos muito mais, e podemos seguir com exatidão o desenvolvimento dos cuidados de beleza que a mulher romana repetia no mínimo uma vez por dia.
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Ilustração das mulheres romanas. Foto: reprodução. |
Na Roma Imperial verificamos, por exemplo, que nem todas as mulheres casadas dormiam com os maridos no leito matrimonial (lectus genialis), pois já naquela época, nas classes abastadas, os casais tinham alcovas separadas.
De qualquer modo, logo que despertava, a dama calçava as sandálias, que à noite havia deixado sobre o toral (pé do leito), enrolava-se no amictus (espécie de túnica), e fazia uma rápida lavagem.
A verdadeira cura corporis, ou toalete, começava mais tarde e era naturalmente longa, complicada e enervante.
No primeiro século D.C, o serviço das Termas Públicas era bem desenvolvido em Roma, e não obstante, nas vilas e cidades menores, em residências aristocráticas como em habitações modernas, construíram-se banheiros completos nos moldes das Termas com apodyterium (vestiário), frigidarium (banho frio), tepidarium (banho morno) e calidarium (banho quente), com piscinas e paredes revestidas de mármore, esgotos e torneiras de água quente e fria.
Se a dama ia tomar banho nas Termas, antes de se vestir, penteava os cabelos e se maquiava.
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Moda romana. Foto: reprodução. |
No primeiro século D.C, o serviço das Termas Públicas era bem desenvolvido em Roma, e não obstante, nas vilas e cidades menores, em residências aristocráticas como em habitações modernas, construíram-se banheiros completos nos moldes das Termas com apodyterium (vestiário), frigidarium (banho frio), tepidarium (banho morno) e calidarium (banho quente), com piscinas e paredes revestidas de mármore, esgotos e torneiras de água quente e fria.
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Banho público romano.Foto: reprodução, |
Se a dama ia tomar banho nas Termas, antes de se vestir, penteava os cabelos e se maquiava.
No tempo da República o penteado feminino era coisa muito simples: os cabelos vinham enrolados na nuca em um nó, Lívia e Otávia ostentavam tranças em volta da cabeça, mas com Messalina tiveram início os penteados exóticos e complicados.
Assim, entrou em cena a ornatrix, mucama cabeleireira; a senhora se recomendava à sua habilidade, mas não hesitava em desabafar sobre a mesma a própria ira e a própria impaciência, se o penteado não saia ao seu gosto.
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Cena da série Spartacus. Foto: reprodução. |
Assim, entrou em cena a ornatrix, mucama cabeleireira; a senhora se recomendava à sua habilidade, mas não hesitava em desabafar sobre a mesma a própria ira e a própria impaciência, se o penteado não saia ao seu gosto.
Foto: Reprodução. Cena da série Spartacus.
Se tinha um cabelo branco, a dama corajosamente deixava que o arrancassem, e se a cabeleira não era mais tão vasta como antigamente, então a cabeleireira trabalhava com tufos, tranças postiças ou podia lançar mão também de perucas que se podiam tingir, ou ainda tufos feitos de ''cappili Indici'' de cor platinada, brilhante, importadas da Índia.
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Estátuas romanas que representam os penteados da época. |
Marcial nos diz que a ornatrix devia também depilar a dama e pintá-la. Giz e alvaiade davam o branco para as faces e as frontes; o ''minium'' era o carmim para os lábios, o ''purpurium'' era o rouge para as faces, o fuligo (fumo queimado) e antimônio seriam para as sobrancelhas e cílios.
Sobre a mesinha e bem à mão, estavam os pentes, os alfinetes, o espelho, bem como unguentos e pomadas, pequenos vasos contento os preciosos cremes, pós e perfumes, que eram líquidos ou pastosos e existiam também pós de chifre, que serviam para limpar os dentes.
Foto: Reprodução.
Todos esses recipientes em metal precioso, trabalhados com técnica refinada, eram guardados pela dama em um armário, e quando ocasionalmente ia às Termas, fazia-se acompanhar da ornatrix, que os trazia consigo em um escrínio também muito luxuoso.
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Atriz italiana Sophia Loren como Lucilla no filme A Queda do Império Romano (1964). |
A dama adormecia com um rosto diferente daquele que havia mostrado durante o dia, mas na manhã seguinte, logo que despertava, despejava em uma mesinha o material do embelezamento e imediatamente mandava chamar a ornatrix para recomeçar a tarefa.
Fonte:
Revista Hollywood, edição 0030, página 1054 - 1946
Me Siga no Instagram: @blondevennus
7 comentários:
Nossa já tinham penteados bem elaborados e a Sofia Loren é uma deusa...
xoxo
marisascloset.blogspot.com
AHHH que post mara!
Eu acho interessante o quanto as pessoas eram criativas dentro da limitação de cada época, e tudo funcionava. Amei a matéria :)
Beijos,
Pri
www.vintagepri.com.br
Muito interessante esse post Gabi, amei saber essas curiosidades.
big beijos,
Lulu
www.luluonthesky.com
Assim que comecei a ler a postagem, logo me lembrei da série Spartacus, legal você ter usado uma foto da série para ilustrar. E o legal é que quanto mais tempo passa, mas as descobertas dos estudiosos podem deixar as produções cada vez mais fiéis ao que realmente era. Tenha um ótimo dia, beijos!
Blog Paisagem de Janela
paisagemdejanela.blogspot.com.br
A Sophia Loren tem uma beleza hipnotizante, né? A gente fica olhando pra ela e esquece o que tá acontecendo. Mas achei o post muito legal, eu tive um pouco disso na faculdade de moda mas não lembrava mais desses ritos de beleza e dos penteados, muito interessante mesmo <3
❤
Beijos
Brilho de Aluguel
Acho tão interessante e enriquecedor essas histórias, amei demais o post.
beijos
http://www.pimentadeacucar.com
eu AMO demais historia antiga assim, sempre achei que essas roupas que nas estatuas sao brancas fossem mesmo coloridas, amei conhecer mais!
www.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
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